Quando era pequeno, sonhava em ser piloto de avião. Especificamente, queria ser piloto de caça. Sempre que falava, os adultos achavam o máximo. Incentivavam. O mesmo acontecia com aqueles que desejam ser astronautas, bombeiros, salva vidas, policial, etc. Mas o que ocorre que, quando ficamos mais velhos, todo esse incentivo desaparece?
Ao chegar a hora de decidir o que fazer, e escolher o vestibular, aqueles mesmos que incentivavam os sonhos de criança passam a falar “vá procurar uma carreira de verdade”, “com isso você vai morrer de fome”, “entre em uma grande empresa e faça sua carreira.” Inexperientes, seguimos o conselho e escolhemos Engenharia, Medicina, Direito.
Anos depois nos vemos estressados, infelizes, e descontando nossas frustrações em esposas, filhos, pais e amigos. Para resolver, se tivermos condições financeiras, buscamos auxílio para “nos descobrirmos”. Viagens espirituais, ajuda profissional, e muitos livros de auto-ajuda.
O erro está no passado. Nunca fomos quem queríamos ser. Traçamos nosso caminho baseado na vontade dos outros; ou buscamos evitar desapontar alguém importante, como algum parente próximo; ou, ainda, nos preocupamos com a opinião daquele parentes, vizinhos e amigos que nada contribuíram para nosso crescimento, achando que o sonho era uma coisa inútil, ridícula ou de quem vive “no mundo da lua.”
Devemos ser exatamente quem queremos ser. E isso não é muito difícil. Basta ser. Quer ser cozinheiro? Cozinhe. Quer ser ator? Atue. Quer ser músico? Toque. Quer ser jogador de futebol? Jogue. Quer ser fotógrafo. Fotografe.
Ganhar dinheiro com isso é uma outra história. E, geralmente, não vai ser da noite pro dia. E o mesmo acontece quando escolhemos aquela carreira que nossa mãe tanto falou. Não ganhamos dinheiro da noite paro dia com ela. Tivemos que, primeiro, aprender. Depois fazer um estágio não remunerado, e, depois, virar profissional.
Perceba que para percorrer o caminho que não queremos, abrimos mão do nosso tempo, investimos em algo que não queríamos, para ser algo que nunca sonhamos, e nos espantamos quando nos vemos estressados e infelizes.
E se você tivesse usado os mesmos 5 anos de faculdade, 2 de especialização, 2 de estágio não remunerado para aperfeiçoar aquilo que você realmente queria ser? Imagine 7 anos estudando música, enquanto você poderia ter outro emprego para pagar suas contas? O que teria acontecido se, nos 5 anos da sua faculdade noturna, que lhe renderam um empréstimo estudantil, e uma carreira mediana, você tivesse investido seu dinheiro e tempo em aperfeiçoar seu conhecimento e prática de dança?
Quantas pessoas tenho visto perto de mim que, depois dos 30, resolveram mudar de carreira. Um amigo de infância trocou a advocacia pela Educação Física. Minha esposa trocou o jornalismo pelo esporte. Outro trocou a Engenharia Mecânica pela filosofia. Outra trocou a medicina pelo jornalismo.
Nos idos dos meus 16 anos eu não me importava com a opinião dos outros sobre mim. Cresci e me disseram que eu precisava mudar meu comportamento, pois era necessário “me vender”. Me vender para que eu fosse compatível com o mundo dos outros, e não com o meu.
Conforme a vida me ensina, vejo que quanto mais autêntico, sincero e honesto comigo mesmo menor é meu nível de estresse, e maior minha paz de espírito. A verdade é que passamos boa parte da vida tomando nossas decisões pensando em não desapontar os outros.
Precisamos ser quem, diabos, queremos ser. Mesmo para ajudar os outros. Escolher ser um ativista não remunerado também é, na visão de muitos, coisa de quem vive no mundo da lua.
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